domingo, 18 de setembro de 2011

Chegadas e partidas... Dois meses no Brasil!

Hoje faz exatamente 2 meses que cheguei ao Brasil, depois de 4 meses viajando pelos países da América do sul.
Última vez que postei no meu blog eu ainda me encontrava na Guatemala, seguindo para NY. De lá até hoje algumas coisas importantes se sucederam, perdi meu avô materno, "casei" e mudei para o Rio de Janeiro e passei uns dias na minha casinha na Chapada. A vida é mesmo dinâmica!

Resolvi retomar a minha escrita por aqui primeiramente porque realmente gostei dessa brincadeira de escrever no blog e segundo porque muitas pessoas queridas têm me dito que sabiam mais de mim quando eu estava viajando do que agora que voltei. Portanto resolvi retomar minhas escritas e falar um pouco da experiência de chegar numa cidade nova, e da minha adaptação nesta tal de cidade maravilhosa.

 A adaptação vai desde descobrir onde fazer depilação (de repente me vi na feira de sábado perguntando para a vizinha onde tem um bom lugar no bairro para isso) até questões bem mais complexas, como: O que farei da minha vida aqui além de estar ao lado do homem que escolhi para viver?

Voltar de uma viagem dessas, de uma experiência de conviver comigo mesma neste mundão, me conhecendo e conhecendo pessoas e lugares extraordinários, não é tão simples. Apesar de me sentir uma pessoa muito melhor, com mais certezas do que dúvidas sobre a vida, confesso que sinto falta do sentimento de liberdade que uma mochila nas costas nos dá. Passei 4 meses desfrutando plenamente desta sensação e voltar exige uma certa "readaptação", nada sofrível, apenas a vida como ela é...

Estar de volta a uma metrópole também exige uma adaptação, ainda mais para alguém que havia feito a escolha de viver na zona rural. Como nada nesta vida é por acaso, o fim da trip foi exatamente num dos lugares mais urbanos do mundo, NY, e este choque já foi me preparando para as novas mudanças. No primeiro dia que me vi naquela cidade fiquei com um pouco de medo de enfrentá-la, olhava pela janela do AP do meu amigo e não tinha coragem de descer. Neste momento, lembro que uma das minhas melhores amigas apareceu no skype, a Luli, minha grande companheira de muitas viagens, e se têm algo que divergimos é o fato de eu AMAR NY e ela ODIAR. Nos despedimos com a esperança de que depois de tantas experiências no meio do mato eu fosse entrar para o time dela, e seríamos pelo menos 2 que odiariam a big apple. Mas passadas algumas horas no meio do Soho, onde eu estava hospedada, em menos de 20 minutos me sentia parte de tudo aquilo e percebi que também consigo me identificar com uma tanto que uma metrópole pode oferecer, e convenhamos que se tem algo que NY tem é oferecer! Tive que avisar minha amiga e companheira viajante que eu continuo gostando daquela louca metrópole!

Portanto estar de volta a uma metrópole me traz novos pensamentos, novas vontades e também convenhamos mais uma vez, que estar na cidade maravilhosa não é um grande esforço assim.

No meio de tudo isso, chegadas e partidas, não consigo encontrar o tal do carregador da minha máquina fotográfica e sendo assim, as fotos ficam prá próxima!