quinta-feira, 31 de março de 2011

Dias azuis! E alguns imprevistos...

O céu deste lugar é de um azul tão azul...

Na segunda, aluguei uma bike, mas o pneu furou. Quando fui devolver, na terça, o cara me ofereceu preu pegar outra e ficar o dia todo...

Sai pedalando rumo ao Rio Quilpo, que fica a 4km daqui. Tava muuuito sol, e aqui é bem seco...

No caminho para lá, passei num caixa eletrônico, pois a novela do meu cartão de crédito ainda perdurava... não conseguia sacar dinheiro de jeito nenhum, e o Santander, o meu banco paulista não consegue resolver... Mas o meu banco Bahiano, o Bradesco me salvou!!!! Falei com meu grente e num passe de mágica meu cartão funcionou... Ufa... Sai pedalando muito mais leve! E Santander... nem posso ouvir falar, fecharei minha conta ao colocar os pés de volta no Brasil!!!!

Uma coisa que tenho descoberto por aqui é que viajando sozinha uma das habilidades que se desenvolve é de fotografar-se... Estou virando profissa.


Quando vi o rio me dei conta do quanto estou sentindo falta disso, afinal neste um ano de Capão foi uma das coisas que mais fiz! Adoro um banho de rio... Mas acontece que acabei entrando de uma forma meio esquisita.


Não sei o que aconteceu, eu tava de pé dentro do rio, num lugar onde a correnteza estava um pouco mais forte... Eu estava só de biquini, com a minha mochila nas costas e minha máquina fotográfica na mão e por um instante fiquei olhando aquele rio e lembrando do título de um livro que uma amiga me indicou "Não apresse o rio, ele corre sozinho." Continuei caminhando contra o rio, de repente, não me pergunte como, eu estava caida dentro do rio, com minha máquina fotográfica enxarcada e minha mochila bem molhada...
Nossa!!! Sai do rio para tentar entender o que tinha acontecido, minha máquina estava morta! e minha mochila com o computador só estava molhada por fora... Fui subindo o rio por uma trilha e encontrei um lugar lindo, com umas pequenas cachoeiras, lá deixei tudo no sol e entrei no rio por livre e espontânea vontade!
Não sei se algum dia minha máquina voltará a ser a mesma... agora ela fotografa assim:

artístico não?
Mas nem tudo estava tão tranquilo assim como imaginei, sai andando pelas pedras, explorando o rio, levei comigo poucas coisas. Encontrei um novo lugar, e deitei numa pedra. Fiquei lá um bom tempo e resolvi voltar, já eram umas 17h. Quando sai pelo caminho de volta, me dei conta de que tinha esquecido minhas poucas coisas na pedra, voltei para buscá-las e para minha surpresa encontrei TUDO dentro d'água de novo!! Meu chapéu, meus óculos, meu caderninho de anotações... Não acreditei! O que será que está acontecendo, pensei que nada mais era que uma benção das águas...

De volta ao caminho, quando de novo tudo estava mais tranquilo e eu um pouco mais conformada com esta invasão aquática, levei um mega tombo!!! Detalhe, eu estava com as mão ocupadas com os tais objetos molhados. Nem preciso dizer que me esfolei muito, na barriga, no joelho...

Nossa! respirei fundo, olhei pro céu azul e achei que eu precisava parar um pouco, me conectar mais com o lugar... A única razão seria estar menos presente do que deveria... mais pensamentos do que o simples fato de estar ali.

Fui até onde estava minha mochila e lá conheci pessoas muito bacanas. Uns pintores de Buenos Aires que trabalham no Caminito, em la Boca. Estavam pintando a paisagem e fiquei lá bastante tempo conversando. Junto com eles um menino que tinha conversado comigo quando cheguei no rio, me contou que trabalhava de garçon no Hotel Four Seasons de Buenos Aires, que tinha tudo que muitos gostariam e se deu conta que não era feliz, resolveu sair para viajar pelo mundo. Agora faz artesanato e não planeja nada, só viaja, diz que só tem aquilo que ele pode carregar nas costas e nada mais. No meio da conversa me perguntou sobre minha família, onde meus pais moravam... e quando perguntei para ele, me respondeu:
 Vivemos todos separados, mas estamos sempre juntos no amor, viajo porque amo meus pais, caso contrário não sei se conseguiria. O amor deles faz me sentir livre."

Adorei encontrar estas pessoas e terminar minha aventura um pouco mais tranquila, com uma pulseira nova que ganhei deste meu novo amigo e realmente abençoada pelas águas! Assim prefiro acreditar...

Voltei pedalando num pôr do sol incrível, agora sem máquina para registrar... Tomei uma taça de vinho na vila e fui prá casa dormir... Exausta!

3 comentários:

  1. Que saudade de vc! Delícia ler suas histórias. Parece que está mais pertinho..
    Bjão, Carol Piccin

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  2. Ai meu DEUS!!!
    A máquina não... e agora que você estava virando profissional na auto fotografia!!!
    Fiquei imaginando a cena e apesar de tudo... não pude conter a risada... que figura é essa!!!
    Se cuida que senão o rio te leva amiga...
    beijos

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  3. hahahahaha sua maquina realmente agora ta tirando fotos muito artisticas!
    adorei!
    love you

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